O
 Comitê Interreligioso do Pará, formado por afro-religiosos, daimistas, 
wiccas, hare-krishnas, cristãos, esotéricos, espíritas, ciganos, atuante
 contra a intolerância religiosa e na promoção da cultura da paz com 
justiça social, estará promovendo, no dia 06 de novembro, na Praça 
Batista Campos, às 08h30, uma Celebração Interreligiosa, com 
participação da juventude organizada e de entidades parceiras, um 
momento celebrativo em memória aos adolescentes e jovens, em sua maioria
 negros, assassinados no Pará e no Brasil. Será um momento de denúncia e
 de fortalecimento de nossa organização e mobilização contra as 
violências. Também vamos renovar nossa esperança! Participarão do evento
 mães que tiveram filhos adolescentes e jovens assassinados. Haverá um 
cortejo em quatro pontos da Praça Batista Campos e um momento de memória
 das histórias de vida dos jovens assassinados.
Dia 06.11.11, às 09h, no Coreto Central da Praça Batista Campos
Apoio: 
Rede Ecumênica da Juventude, Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs, UNIPOP-Universidade Popular
Programação: 
Cortejo
 em 4 pontos da Praça, Celebração, Memória de jovens mortos, Depoimento 
de uma mãe, Grupo de Teatro da Unipop, Grupo de Cultura Regional Iaçá da
 Paróquia Luterana, Hip Hop.
Por favor divulguem este evento para seus grupos, congregações, nos seus sites e blogs, via email e também nas redes sociais.
Aguardamos a presença de todos vocês nesta celebração pela vida, pela paz e contra o extermínio de jovens.
Uma
 informação alarmante sobre a violência no Brasil refere-se à queda nos 
homicídios que vitimam brancos e um aumento de vítimas negras. Segundo o
 Mapa da Violência de 2011, o número de vítimas brancas caiu de 18.852 
para 14.650, o que representa uma significativa diferença negativa, da 
ordem de 22,3%; já entre os negros, o número de vítimas de homicídio 
aumentou de 26.915 para 32.349, o que equivale a um crescimento de 
20,2%. Este mesmo estudo calcula o índice de vitimização negra, que 
significa qual é a probabilidade (maior, igual ou menor) de vitimização 
de negros em homicídios no Brasil. Este índice está em amplo 
crescimento: 2002, morreram proporcionalmente 45% mais negros que 
brancos em casos de homicídio; 2005, este índice pulou para 80,7% e, 
 finalmente, em 2008, a taxa subiu para impressionantes 111,2%. Estes 
dados são fruto de um aumento vertiginoso da taxa geral de homicídios em
 estados com forte presença de população negra. Os estados em que mais 
se matam negros no Brasil são, pela ordem, Pernambuco, Alagoas, Espírito
 Santo, Distrito Federal e Rio de Janeiro.
Dados da Ouvidoria do Sistema de Segurança Pública do Estado do Pará revelam que, de janeiro de 2008 a setembro de 2011,  52 adolescentes foram mortos pela polícia e que, no mesmo período, foram mortos 72 jovens, com idades entre 18 a 24 anos, também pela polícia do estado do Pará.
 Muitos inquéritos qualificam a morte como auto de resistência seguido 
de morte ou simplesmente resistência e não como homicídio, transformando
 a vítima em autor de um delito, direcionando ideologicamente estes 
inquéritos para arquivamento, situação ideal para a impunidade e o 
fortalecimento de milícias formadas por polícias e o de policiais 
despreparados, truculentos e violadores de direitos humanos, 
infelizmente ainda presentes dentro das instituições das polícias, 
conspirando contra o bom trabalho de profissionais de segurança pública 
comprometidos com a afirmação universal dos direitos humanos.
Participe deste momento de denúncia e fortalecimento da esperança!
Contatos:
Cibele Kuss – 8021-2335
Roseli Sousa – 8190-5155

 
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